Até agora, foram realizadas duas coletas em pontos diferentes do açude e, até o fm do projeto, estão previstas outras visitas. O relatório parcial divulgado pelo professor orientador Edmílson Dantas já indica a presença do cobre em alta concentração. “O metal pesado cobre foi detectado com quantidade média superior em cinco vezes o permitido pela legislação, sendo o único dos metais analisados que entra em desacordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde”, relatou.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a presença de pequenas quantidades de cobre em organismos vivos é essencial. O problema está no excesso.
“A ingestão de água contendo altas concentrações do metal pode produzir náusea, vômito, dor abdominal e diarreia. As crianças são mais sensíveis aos efeitos da exposição ao cobre. A exposição prolongada a concentrações elevadas do metal em alimentos ou água pode causar dano ao fígado de crianças,” diz uma ficha de informação toxicológica da Cetesb.
O entorno do Açude Velho é usado pela população para a prática de atividades físicas, como corrida, caminhada e ciclismo. No entanto, não são raras as situações de pessoas se banhando na água ou retirando peixes para consumo próprio.
As coletas estão sendo feitas pelos estudantes Pedro Queiroz Dionizio e Pedro Lucas Nunes da Silveira, dos cursos técnico integrado de Química e de Tecnologia em Construção de Edifícios do IFPB em Campina Grande, respectivamente. Além do cobre, também foram identificados valores superiores de nitrito e nitrato.
“Esses parâmetros estão diretamente associados a grande quantidade de matéria orgânica em decomposição advinda dos despejos residuais provenientes das residências domésticas no corpo hídrico”, esclarece Edmílson.
Ao fim do projeto, em janeiro do próximo ano, a equipe do IFPB pretende contribuir para o desenvolvimento futuro de projetos que visem à revitalização do açude.
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