Predominam ainda no Brasil convicções errôneas sobre a acessibilidade das crianças atípicas ao contexto escolar: a falta da viabilização dos direitos garantidos na lei 13.146 e o respeito as famílias perante a chegada as informações do asseguramento destas crianças ao ambiente escolar visto na LDBEN 9394/96.
A educação inclusiva traz um papel fundamental no desenvolvimento socioeducativo de uma criança atípica. Para Vygotsky (2011), a criança com desenvolvimento atípico apresenta, como sintoma primário, uma dificuldade real, relacionada a uma incapacidade ou a uma limitação biológica, por exemplo, não perceber estímulos visuais, no caso de pessoas cegas. No entanto, a chegada desta criança a escola até o seu desenvolvimento passa por uma barreira chamada de ignorância intelectual; por julgarem que aquela criança está ocupando o lugar de uma criança “normal”.
Existe sim, uma certa resistência enquanto o olhar diferenciado e facilitador do processo, pois muitos acreditam que o modelo que está configurado ao determinado espaço escolar é o suficiente para uma criança. Não basta ter rampas de acesso, banheiros adaptados, há uma necessidade de reconhecer que esta criança precisa de uma acompanhante exclusivo para conduzi-la nos processos que envolvem o dia a dia da escola; a sua garantia aos materiais didáticos também acessíveis a sua aprendizagem e um acompanhamento diário em conjunto com a sua família e uma equipe multidisciplinar.
O princípio fundamental da escola inclusiva consiste na certeza de que todas as pessoas podem aprender juntas, onde seja possível. De acordo com o documento subsidiário à política da inclusão (2005), a formação dos docentes deve ser um processo continuo, que perpassa a sua prática, no tocante ao seu trabalho transdisciplinar com uma equipe permanente de apoio. E o interessante é que o movimento preconizado pela escola inclusiva tem como meta atingir, e alicerçar, a construção de uma nova forma de Estar e Ser social, a Sociedade Inclusiva.
Contudo, neste entrelaço do universo educacional, que a educação inclusiva garante aos alunos com desenvolvimento atípico e típico a oportunidade de aprenderem uns com os outros, oportunizando a redução de estigmas e, consequentemente, de exclusão visando uma sociedade que se quer mais justa e, por isso mais solidária.
Prof.ª Ana Patrícia Cordeiro

Infelizmente ainda não temos uma educação inclusiva.
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