À medida que redes sociais, blogs e plataformas eletrônicas avançam e tornam-se fontes de renda milionárias as pessoas decidem investir em ferramentas de trabalho que envolvem desde cursos de oratória à estratégias de marketing e publicidade, buscando desvairadamente por mecanismos que promovam saltos de lucro e fama.
Carisma, boa imagem e sagacidade são as características mais almejadas. Por outro lado, muitos deixam de lado o investimento nos estudos, na técnica e no bom preparo, desprezando principalmente a busca pela sabedoria, honestidade e inteligência. Mas enfim, do que se trata ter sabedoria? Se não é sinônimo de inteligência, o que significa realmente?
Grandes mestres, historiadores, poetas, escritores e até reis procuraram a sabedoria e tentaram defini-la em palavras. Sua peculiaridade em desvendar as intenções mais obscuras e capacidade de solucionar problemas é uma, entre tantas definições. Mas ser sábio parece que hoje não atrai muito interesse. Observe que os espertos conseguem ter mais audiência porque suas malícias enganam, e ao mesmo tempo, atraem. Uma atração rápida, envolvente e destruidora. Analisemos o percurso dos maus políticos. Quanto mais espertos, mais corruptos, mais desonestos. Em contrapartida os sábios permanecem em um local aparentemente solitário por ser de difícil acesso. Mas com frequência são esses requisitados, principalmente quando os problemas alcançam níveis de ruína e prejuízo inimagináveis. No final, cabe aos sábios a solução de problemas confusos e “irreversíveis”.
Veja como é frequente depois de um período de crise, tenebroso e sujo, surgir alguém que silenciosamente coloca tudo em ordem, faz denúncias e traz à tona os escândalos e reais
prejuízos. Esse mesmo alguém consegue timidamente organizar a casa, limpando as “quinas” que escondem os crimes e a sujeira da corrupção colocada por debaixo dos panos e tapetes. Infelizmente o reconhecimento não é algo que se colhe com a sabedoria. Quiçá um pouco de gratidão. Mas aí se revela os verdadeiros sábios, eles não se prendem à mídia e opinião pública, pois se contentam com a felicidade do trabalho honesto concluído, e se comprazem em sentir aquela alegria genuína, pura e rara. Muito rara.
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