A tarde desta segunda-feira (11/11), em várias capitais do país, foi marcada por protestos contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 181/2015, que define que a vida começa a partir da concepção do feto. O objetivo do projeto é impedir a prática do aborto inclusive nos casos já permitidos, como nas gestações frutos de estupro ou que representem risco de morte para a mulher.
Os protestos foram convocados, pelas redes sociais, imediatamente depois que a Comissão Especial que analisa a PEC aprovou, na quarta-feira passada (08), o relatório do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), em favor da proposta. O texto em tramitação foi alterado após manobra da bancada conservadora da Câmara. Originalmente, a matéria era referente ao aumento da licença maternidade em partos prematuros – um benefício trabalhista importante para diversas mulheres. Com a alteração, a PEC passou a ser chamada de “cavalo de troia”, por trazer uma mudança nociva em um texto originalmente positivo.
No Rio de Janeiro, o ato teve início na Cinelândia e caminhou pelas ruas do centro da cidade. Parlamentares do PSOL, como as vereadoras Marielle Franco e Talíria Petrone, se juntaram ao protesto, ao lado de dezenas de milhares de militantes do partido e de diversas organizações sociais feministas. Já no final, em frente a Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) a Polícia Militar reprimiu as manifestantes, demonstrando o caráter machista e intolerante das forças de segurança do estado.
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