O garçom Gabriel Akhenaton mentiu sobre as informações de que teria sofrido ataques racistas de uma cliente da lanchonete onde trabalhava no Catolé, em Campina Grande, em dezembro do ano passado.
As informações foram apuradas em primeira mão pelo jornalista Márcio Rangel, da tv correio nesta quinta-feira (14). O garçom ainda é suspeito de criar um perfil falso nas redes sociais, usando a imagem de uma jovem de 16 anos, do Rio de Janeiro, que estaria sofrendo ameaças por ser tratada como a responsável pelos falsos ataques racistas.
A delegada Mairam Moura, responsável pela investigação do caso, disse que o jovem forjou as mensagens ao utilizar outra linha telefônica diferente da dele para enviá-las à lanchonete. Segundo ela, o garçom teria usado documentos da mãe para providenciar esse chip. Ao ser ouvida, a mãe dele disse que não sabia sobre a linha.
Mensagens falsas
As mensagens falsas foram compartilhadas pelo perfil do restaurante onde ele trabalhava. “Avistei um funcionário de cor escura atendendo. Não me se sinto bem sendo atendida por um preto”. O texto dizia ainda que, antes de ver o funcionário, a “cliente” achava que a lanchonete era um “local de respeito e de família”.
O dono da lanchonete foi informado da situação e entrou em contato com a “cliente”. Ela teria, então, continuado com os comentários racistas. “Fui atendida por um rapaz de pele escura hoje. Eu acho que uma lanchonete do seu porte não deveria admitir isso. Isso é ruim. Mancha a imagem da sua lanchonete. Não é questão de racismo, é só que não sou obrigada a ser atendida por um negro. “Foi até um rapaz educado conosco, mas a cor dele não se nega, entende?”, dizia o texto forjado pelo garçom.
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